Uma das colecções de referência da ficção-científica, a Argonauta Gigante viu publicados 28 números, 3 numa primeira série entre 1985 e 1986, e os restantes 25 entre 1998 e 2007, na segunda série. O objectivo desta página é dar a conhecer esta colecção, preservando a sua memória no património colectivo dos apreciadores de ficção-científica.

1 (1ª série) Dune

Título da edição original: Dune
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca Copyright: 1965 por Frank Herbert
Edição Livros do Brasil: Setembro 1985 

Sinopse:
Como será a Humanidade daqui a dez mil anos? Terá progredido? Terá recuado? Terá desaparecido? 
Para Frank Herbert,  a resposta a tais perguntas é apenas uma: a Humanidade será sempre igual a si própria. O progresso material não é o progresso moral - uma coisa não implica a outra, antes pelo contrário: o homem poderá libertar-se do Sistema Solar, mas isso não o levará a libertar-se dos seus vícios e das suas misérias.
No mundo infernal de Arrakis, o planeta de areia a que chamam "Dune", a água é um luxo, a especiaria a que chamam "melange" é uma riqueza tão grande que justifica todas as traições. Contra uma Humanidade em decadência, que destruíu os computadores e as máquinas pensantes, mas considera o crime como uma instituição, que travou lutas religiosas durante milhares de anos, mas só conhece a ética da ambição e do lucro, ergueu-se a misteriosa Bene Gesserit - uma irmandade que se serve da superstição para preparar o futuro e da genética para trazer à superfície humana um salvador. E o salvador aparece inesperadamente. Para refazer o mundo da areia da sede e todos os outros mundos, com o auxílio dos homens livres, dos "freemen", os estranhos habitantes do deserto.
"Dune" é a primeira de uma série que inclui também "Dune Messiah", "Children of Dune", "Heretics of Dune" e "Chapterhouse Dune". De Dune, diz-se que é a "Bíblia da Ecologia", pois que não é só uma análise das eterna ambições humanas, mas principalmente uma análise da aliança - indispensável - entre o Homem e a Natureza. 

Introdução:
No número de Dezembro de 1963 da revista "Analog", que então era editada em bom papel e formato A4, numa primeira tentativa para dignificar a ficção-científica, surgiu uma novela de Frank Herbert que se anunciava ir ser dividida em três partes - "uma história de homens sob pressão da política e da desidratação de um mundo sem água". A primeira parte ocupava as páginas 17 a 49 e tinha belas (ainda que insólitas) gravuras de John Schoenherr. No número de Janeiro de 1964, "Dune World" ocupava as páginas 48 a 80 e as ilustrações eram ainda mais belas (e sobretudo mais explícitas). O mesmo quanto à terceira parte, que ocupava em Fevereiro as páginas 40 a 71.
Na "Analog" havia uma secção denominada "The Analytical Laboratory",  em que os leitores eram chamados a classificar as histórias publicadas, sendo os resultados expressos pelo inverso da percentagem daqueles que lhes atribuíam o primeiro lugar. "Dune World" obteve 1,51 pontos, o que significava que cerca de dois terços dos leitores a haviam eleito como a melhor. Era uma percentagem invulgar porque os gostos eram (e são) vários no domínio da ficção-científica, e representou para Frank Herbert um bónus de um cêntimo por palavra...
Em Janeiro de 1985, também na "Analog", aparecia "The Prophet of Dune", em cinco partes. Era o triunfo. "Dune World" e "The Prophet of Dune" foram publicados sobre o título de "Dune", numa versão muito mais elaborada, nesse mesmo ano, em "hard cover", uma honra então rara em tal género. Dez anos depois, num inquérito generalizado, "Dune" foi considerada como "a melhor obra da imaginação" de todos os tempos. E era verdade: nunca a imaginação esteve presente com um brilho semelhante em páginas impressas. Em "Dune" a imaginação não está presente apenas no ambiente, nas máquinas, mas também nas situações, nas relações humanas, no próprio estilo, simplesmente belo, de uma minúcia extrema que nunca é cansativa mas simplesmente admirável, e de artifícios narrativos que levam o leitor  à convicção de estar perante um relato histórico, perfeitamente verídico e extremamente dramático. 
O mais curioso é que na obra de Frank Herbert há aspectos que se podem considerar profundamente proféticos. O paralelismo entre o mundo de areia e sede que nos mapas celestes de daqui a dez mil anos se chamará Arrakis - mas a que os homens que lá vivem chamarão "Dune" -, e a situação dos países árabes produtores de petróleo em 1965, perante as grandes companhias, tem sido muitas vezes apontado, e não foi negado por Herbert, que confessou ter encontrado aí a inspiração. Mas há mais: o Universo em que Herbert situa Arrakis teria passado por uma Grande Revolução - a Jihad Butleriana - que destruíu os computadores, as máquinas pensantes, os autómatos conscientes. Na origem da Grande Revolução, teriam estado considerações religiosas - note-se que "Jihad" é o termo árabe para a guerra santa. E de origem árabe são os nativos de Arrakis - os Freemen, corruptela de "Free Men" -, os homens livres, longínquos descendentes dos beduínos. É então que surge o mais surpreendente paralelismo: o que pode ser estabelecido com a revolução islâmica no Irão. Os pontos de contacto são muitos, e surpreendentes: o Imperador que domina o "Dune" e mil mundos é o... "Padixá"! E os costumes, a linguagem e mil e um pormenores acentuam a semelhança. Ainda que como se disse, "Dune" tenha sido publicada pela primeira vez entre 1963 e 1965.
Tão diferente - ainda que tão próximo - é o mundo de "Dune", que nunca a adaptação cinematográfica de uma obra do seu tipo foi tão difícil, nunca foi necessário tanto tempo para que algo pudesse ser considerado conseguido. Desde 1965 que se sucederam os projectos de filmagem, envolvendo os mais famosos autores e os mais famosos realizadores - os cenários chegaram a ser encomendados a Salvador Dali! Só quase vinte anos depois a adaptação surgiu, magnífica, mas decepcionante para muitos, porque o aspecto religioso, que é fundamental na obra, não terá sido devidamente considerado. A publicação de um folheto em que se pretendia contar "A História de Dune", seguindo o argumento do filme, terá servido para afastar ainda mais da verdadeira obra as pessoas desprevenidas. Ora o problema real da obra de Herbert é a distância que a separa da ficção vulgar, científica ou não científica. A sua órbita situa-se muito alto. O que nela se diz pode ser compreendido pelo leitor vulgar porque é escrito com a maior clareza, porque tem interesse em todas as linhas, em todas as palavras. Mas o que permanece subjacente é muitissimo importante. É toda a história da luta do homem contra o mundo da cobiça e da deslealdade, é toda a história do homem e da  necessidade da sua aliança com a Natureza. Daí que muitos chamem também a "Dune" a "Bíblia da Ecologia". 
Não seria possível incluir - explicar - tudo isso num filme. Até porque "Dune" foi apenas o princípio. Depois veio "Dune Messiah", veio "Children of Dune", "God Emperor of Dune", "Heretics of Dune", "Chapterhouse of Dune"... Dez milhões de exemplares vendidos no mundo inteiro. Fora as obras complementares como "The Dune Encyclopedia", 11.000 fichas e onze anos de trabalho; "The Making of Dune", uma obra sobre o filme; e mil e um outros livros, desde os "Dune Activity Books" e o "Dune Pop-Up Book" até aos livros de colorir e os enigmas, histórias curtas, etc, etc. Uma verdadeira indústria - mas uma indústria que não existiria se "Dune" não fosse uma obra como nenhuma outra. 
É por isso que só agora "Dune" é publicada na nossa língua - porque era importante colocá-la num plano diferente. Por razões técnicas, relacionadas com a sua extensão, o texto foi dividido em dois volumes, como aliás foi a ideia primitiva do autor, ao publicar "Dune World" separado de "The Prophet of Dune". Porque o título original da obra é tão célebre qeu seria irreverente traduzi-lo, a preferência foi para ele: "Dune" e não "Duna".
Finalmente, vista a divisão em dois volumes, julgou-se conveniente colocar no princípio os apêndices que facilitam sobremaneira o seguimento da narração - nomeadamente o vocabulário, que contém mais de 300 palavras com significados (e formação) muito peculiares. 

Eurico da Fonseca - 1985 

1A (1ª série) Dune - 2º volume


Título da edição original: Dune
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca Copyright: 1965 por Frank Herbert
Edição Livros do Brasil: Setembro 1986

Sinopse:
"Dune" é a primeira obra de uma série que também inclui "Dune Messiah", "Children of Dune", "Heretics of Dune" e "Chapterhouse Dune".
Esta hexalogia - que constitui uma análise das eternas ambições humanas - releva-se pela tese de uma indispensável aliança entre o Homem e a Natureza, sendo assim considerada a "Bíblia da Ecologia".
Frank Herbert que, inicialmente, foi perito tecnológico de computadores, estreou-se como escritor de Ficção Científica em 1965, com a obra "Dune" e, fulminantemente, atingiu o  topo da escala dos autores desta especialidade literária. 
Para Herbert, o progresso material não corresponde a um progresso moral, pelo que a Humanidade, tanto na Terra como noutro qualquer planeta do vasto Universo, será sempre igual a si própria; no presente, tal como no passado, no futuro, tal como no presente. Desta maneira, a riqueza da "melange", produto existente no planeta de areia, "Arrakis", a que também chamam "Dune" e onde a água é um luxo, induz a todas as vilanias e traições.
Desencadeia-se uma guerra interplanetária com os mais terríveis meios de destruição e a misteriosa Irmandade "Bene Gesserit", que se preparava para criar, selectivamente, uma nova e melhor geração humana, deposita uma esperança profética na vinda de um messias. 
Nesta segunda parte de "Dune", o herói Paul Atreides e a bela Jessica terão de defrontar os poderes inimigos. Será ele o "salvador" vaticinado pela profecia? Entretanto, os Sardaukar, saindo furiosamente do seu planeta, vão invadir Arrakis e rodeiam-no como uma nuvem de pestilência apocalíptica, sendo apenas detidos pelos "Freemen" e pelo seu "Muad' Dib", preparados para uma cruzada selvagem através do Universo. 
Com um dom maravilhoso, Frank Herbert soube delinear este extraordinário universo do futuro, envolvendo-o numa mística especial, em que as potencialidades humanas, desenvolvidas ao mais alto grau, se tornam forças diabólicas .

1B (1ª série) Dune - 3º volume


Título da edição original: Dune
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca Copyright: 1965 por Frank Herbert
Edição Livros do Brasil: Setembro 1986

Sinopse:
Foi em Dezembro de 1963 que Frank Herbert publicou na revista "Analog" as primeiras linhas de "Dune World" - uma história de homens sob a pressão da política e da desidratação de um mundo sem água. Era isso e mais do que isso: uma análise sem igual das relações entre o homem e o ambiente. Em 1965, surgia, sob a forma de livro, a mais célebre das obras de ficção-científica - "Dune", que logo se tornou conhecida como a "Bíblia da Ecologia". Dela e das suas sequelas, "Dune Messiah", "Children of Dune", "Heretics of Dune" e "Chapterhouse Dune" venderam-se nada menos de 10 milhões de exemplares nos 20 anos seguintes.
Esta é a terceira e última parte de "Dune" - e também a mais vibrante. Com efeito, Frank Herbert deu a "Dune" o ritmo das grandes obras musicais. Na primeira parte - "Dune" - o andamento lento, majestoso e severo, a sublinhar um tempo de fatalismo e traição, um tempo em que dez mil anos de conquista da galáxia não foram bastantes para conquistar a paz, a honra, o respeito do homem pelo homem. Na segunda parte - "Muad' Dib", é o fervilhar, o contacto com um mundo secreto e rico de valores humanos, dentro de um mundo superficialmente vazio de tudo, num torvelinho fantástico e numa parábola profunda e inesquecível. Nesta terceira e última parte, - "O Profeta", é o crescendo que suspende a respiração, a Grande Revolta, a vitória da inteligência e da virtude sobre o poder cego, a corrupção e a perfídia. Tão empolgante é o seu final que nem o Cinema, depois de mais de dez anos de preparativos, conseguiu dar dele uma pálida ideia.

1 - Prelúdio à Fundação


Título da edição original: Prelude to Foundation 
Capa: A. Pedro
Tradução: J. Santos Tavares Copyright: 1988 por Isaac Asimov
Edição Livros do Brasil: Setembro 1998

Sinopse:  
É o próprio Isaac Asimov quem esclarece que "Prelúdio à Fundação" constitui o primeiro livro da "Fundação" (apesar de ter sido o último a ser escrito até à data). Já com mais de seis milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, esta grandiosa e genial saga conhece agora, enfim, os seus primórdios!   
Estamos no ano 12020 E.G., e o Imperador Cleon, o Primeiro desse Nome, sente-se pouco seguro no Trono Imperial. Em Trantor, capital do Império Galáctico, com as suas múltiplas cúpulas, quarenta biliões de pessoas criaram uma civilização de inimaginável complexidade tecnológica e cultural. É um mundo tão intrincadamente entretecido que bastaria alguém puxar um dos seus fios para que se desmoronasse completamente. Cleon I está preocupado com isto porque sabe que há quem o queira derrubar - pessoas que não pode atingir. Se, ao menos, tivesse uma ideia do que o futuro lhe reservava, o Império poderia ser verdadeiramente seu. Quando Hari Seldon chega a Trantor, desconhece por completo os perigosos acontecimentos políticos que se preparam. O jovem matemático do Mundo Exterior, apenas com 32 anos de idade, fora muito simplesmente assistir à Convenção do Decénio e fazer um pouco de turismo. Mas, quando profere a sua palestra sobre a psico-história (notável teoria da previsão do futuro), Hari não se apercebe de que selou o seu destino e determinou o destino da Humanidade. Porque Hari Seldon possui o poder profético tão desejado pelo Imperador. Subitamente, aquele ingénuo e desconhecido Heliconiano transforma-se no homem mais poderoso do Império, enquanto se esforça desesperadamente por fazer com que a sua portentosa teoria não caia nas mãos erradas... e vai forjando a chave do futuro - uma potência que será conhecida como a Fundação.  

Nota do autor:

"Quando escrevi Fundação, que apareceu na edição de Maio de 1942 na Astounding Science Fiction, não imaginava que tinha dado início a uma série de histórias que acabariam por perfazer seis volumes e um total de 650.000 palavras (até à data). Nem fazia ideia de que ela se unificaria com a minha série de contos e novelas que envolvem robots e outras que envolvem o Império Galáctico, no imenso total (até à data) de catorze volumes e cerca de 1.450.000 palavras. O leitor constatará, se observar as datas de publicação destes livros, que ocorreu um hiato de vinte e cinco anos entre 1957 e 1982, durante o qual nada acrescentei a esta série. Isto não se verificou por eu ter parado de escrever. Na verdade, escrevi a toda a velocidade durante aquele quarto de século, mas escrevi sobre outras coisas. O facto de ter regressado à série em 1982 não foi ideia minha, mas consequência de uma série de pressões de leitores e editores, que acabaram por se tornar esmagadoras. De qualquer forma, a situação tornou-se suficientemente complicada para que eu sentisse que os leitores gostariam de ter uma espécie de guia para a série, visto que os romances não foram escritos pela ordem por que (talvez) devessem ser lidos. Os catorze livros, todos publicados pela Doubleday, oferecem uma espécie de história do futuro, que talvez não seja inteiramente consistente, visto que não planeei uma sequência logo de início. A ordem cronológica dos livros em termos de história do futuro (não de data de publicação) é a seguinte:  

1 - "The Complete Robot" (1982). É uma colectânea de trinta e um contos sobre robots, publicados entre 1940 e 1976 e inclui todos os contos da minha anterior publicação "I Robot" (1950). Apenas um conto de robots foi escrito desde que saiu essa colecção. Chama-se "Robot Dreams" e não foi publicado ainda em qualquer colecção da Doubleday.  

2 -"The Caves of Steel" (1954). É o primeiro dos meus livros robots. ("As Cavernas de Aço", publicado na Colecção Argonauta nº37).  

3 - "The Naked Sun" (1957). ("A Ameaça dos Robots", publicado na Colecção Argonauta nº70).  

4 - "The Robots of Dawn" (1983). O terceiro livro de robots.  


5 - "Robots and Empire" (1985). O quarto livro de robots.  

6 - "The Currents of Space" (1952). Este é o primeiro dos meus livros do Império. ("As Correntes do Espaço" - publicado na Colecção Argonauta, nº21).  

7 - "The Stars, Like Dust" (1951). O segundo livro do Império.  

8 - "Pebble in the Sky" (1950). O terceiro livro do Império. ("Futuro do Mundo", publicado na Colecção Argonauta nº28).  

9 - "Prelude to Foundation" (1988). Este é o primeiro livro da Fundação (apesar de ter sido o último a ser escrito, até à data).  

10 - "Foundation" (1951). O segundo livro da Fundação. Na verdade, é uma colectânea de contos, inicialmente publicados entre 1942 e 1944, incluindo uma introdução escrita para o livro em 1949.  

11 - "Foundation and Empire" (1952). O terceiro livro da Fundação, constituído por dois contos, inicialmente publicados em 1945. ("Fundação e Império" - publicado na Colecção Argonauta, nº46).  

12 - "Second Foundation" (1953). O quarto livro da Fundação, constituído por dois contos, inicialmente publicados em 1948 e 1949. ("Segunda Fundação" - publicado na Colecção Argonauta nº89).  

13 - "Foundation's Edge" (1982). O quinto livro da Fundação.  

14 - "Foundation and Earth" (1983). O sexto livro da Fundação.  

Virei um dia a acrescentar novos livros a esta série? É possível. Há espaço para um romance entre "Robots and Empire" e "The Currents of Space", e entre "Prelude to Foundation" e "Foundation", e, evidentemente, também entre os outros livros. E posso dar continuação a "Foundation and Earth" com mais volumes - tantos quantos eu quiser. Naturalmente, terá que haver um limite, visto que não espero viver para sempre, mas tenciono aguentar-me o mais possível".

2 - O Mundo Marciano



Título da edição original: The Martian Chronicles  
Capa: A. Pedro 
Tradução: Fernando de Castro Ferro 
Copyright: 1951 por Ray Bradbury 
Edição Livros do Brasil: Setembro 1998 

Sinopse: 
A crítica mundial acolheu com invulgar entusiasmo tanto o autor "um muito grande e original talento" como esta sua obra  "um mundo de imaginação completamente novo (...) a ficção-cientifica atingiu finalmente a maioridade", consagrando de modo irreversível Ray Bradbury, daí em diante considerado "o Poeta da ficção-científica".  
De facto, o "Mundo Marciano" é uma obra poética graças ao estilo, às ideias cativantes e ao desencanto secreto das personagens. Por Marte, que está a ser colonizado pela Terra, passam e desaparecem, numa visão de beleza fugaz, os derradeiros sobreviventes de uma raça em vias de extinção.
Tanto pela qualidade da mensagem transmitida, como pela riqueza da escrita, esta obra é uma das mais justamente célebres da ficção-científica moderna.

3 - Fundação


Título da edição original: Foundation 
Capa: A. Pedro 
Tradução: J. Santos Tavares 
Copyright: 1951 por Isaac Asimov
Edição Livros do Brasil: Setembro 1998 

Sinopse
Neste volume, que continua Prelúdio à Fundação, o Império Galáctico surge moribundo após ter mantido uma hegemonia total durante doze mil anos. Apenas Hari Seldon, criador da revolucionária ciência da psico-história, conseguia descortinar o futuro aterrador: uma época de trevas, ignorância, barbárie e guerras que duraria trinta mil anos. 
No intuito de salvar a Humanidade, Seldon reuniu dos melhores cérebros do Império, tanto cientistas como homens de letras, e levou-os para um planeta deserto no extremo da Galáxia, a fim de constituírem um farol de esperança para as gerações futuras. Chamou a esse santuário Fundação. 
Em breve, porém, a própria Fundação incipiente viu-se à mercê de corruptos senhores da guerra que ascendiam na esteira do Império moribundo. A última e melhor esperança da Humanidade enfrentava um dilema angustiante: submeter-se à barbárie e ser dominada, ou lutar contra ela e ser destruída.

4 - O Homem Ilustrado


Título da edição original: The Illustrated Man 
Capa: A. Pedro 
Tradução: Eurico da Costa 
Copyright: 1951 por Ray Bradbury 
Edição Livros do Brasil: Setembro 1999 
 
Sinopse
Na excelente obra que é O Homem Ilustrado, surgem dezoito histórias enquadradas por um prólogo e por um epílogo, constituindo hoje muitas delas textos incontornáveis da ficção-científica. Na dualidade que pode atribuir-se ao secretismo do título, oculta-se o seu profundo significado. 
Assim, o Homem é "ilustrado" porque as suas tatuagens contêm toda a sabedoria do Universo, o segredo dessas fontes perdidas, desses mares azuis, dos sóis rubros, dos cometas, das constelações, das galáxias que se alongam até ao infinito, dos homens perante o Futuro e as incógnitas traçadas pela cibernética. E é também "ilustrado" porque, numa sortílega operação, o seu corpo foi marcado por uma tinta mágica, indelével. 
Claro que qualquer destas dezoito histórias do futuro poderia, tal como o Universo, expandir-se pelo Infinito, mas Bradbury preferiu deixar esse prazer entregue à imaginação de cada um dos seus leitores.

5 - Fundação e Império


Título da edição original: Foundation and Empire 
Capa: A. Pedro 
Tradução: Alfredo Margarido 
Copyright: 1952 por Isaac Asimov 
Edição Livros do Brasil: Maio1999 
 
Sinopse
Depois de "Prelúdio à Fundação" e "Fundação", surge agora o terceiro volume deste grandioso ciclo, no qual o Império se encontra destruído, pois perdera os cientistas fundadores de dois mundos novos: a primeira Fundação, especificamente encarregada de redigir a "Enciclopédia Galáctica", e a segunda Fundação, cuja localização é desconhecida e cuja actividade constitui igualmente um mistério.
Tudo se torna ainda mais alarmante quando as próprias profecias da psico-história, ciência revolucionária criada por Hari Seldon, são postas em causa devido à aparição de um homem com poderes paranormais, um mutante conhecido por Mula, cuja verdadeira identidade apenas será desvendada nas últimas páginas.

6 - Fahrenheit 451


Título da edição original: Fahrenheit 451 
Capa: A. Pedro 
Tradução: Mário Henrique Leiria 
Copyright: 1953 por Ray Bradbury 
Edição Livros do Brasil: Setembro 1999 
 
Sinopse:
A história decorre numa altura em que o mundo está organizado e a felicidade é obrigatória. Os bombeiros, guardas da ordem social, apenas têm a missão de queimar os livros, fonte de todos os perigos. E o papel só se incendeia quando atinge o grau de temperatura que dá o título ao romance.
Mas por encontrar Clarisse, uma jovem estranha e maravilhosa, Montag sente nascerem dentro de si pensamentos estranhos que o levam a roubar os livros, em vez de os queimar, e lê-los. Tornado, assim, um foragido da Lei, passará a ser apenas um homem acossado por um cão-polícia mecânico e infalível.
"Fahrenheit 451" é, sem dúvida, um dos romances mais famosos e populares de toda a literatura de ficção-científica e consagrou definitivamente Ray Bradbury a nível mundial.

7 - Segunda Fundação


Título da edição original: Second Foundation
Capa: A. Pedro
Tradução: Sousa Victorino
Copyright: 1953 por Isaac Asimov
Edição Livros do Brasil: Janeiro 2000 

Sinopse:
Isaac Asimov, uma das figuras máximas da literatura de ficção-científica do século XX, nasceu em Petrovitchi, na Rússia, a 02 de Janeiro de 1920, e morreu em Nova Iorque, no ano de 1992. Tendo emigrado desde muito cedo para os E.U.A. (a família abandona a União Soviética em Janeiro de 1923), estudou na Universidade de Columbia, onde se formou em bioquímica, que aliás chegou a leccionar na Universidade de Boston. Escreveu variadíssimas obras de divulgação, mas ficou a dever a sua popularidade aos romances de ficção-científica e, em particular, a "Foundation" (a saga genial que redigiu ao longo de quatro décadas, entre os anos de 1942 e 1982), de que a presente obra constitui a peça final, e que ficará como um dos clássicos do género, um romance que vai muito para além da concepção mais ou menos gratuita de uma aventura, para de facto ser uma brilhante meditação sobre a ascensão e queda das civilizações.
A trilogia da Fundação ("Foundation", "Foundation and Empire" e "Second Foundation") recebeu um Prémio Hugo especial, como a Melhor Série de Ficção Científica de sempre, e "Foundation Edge" obteve um Prémio Hugo como o Melhor Romance de Ficção Científica de 1982. Ao próprio autor seria, em 1988, atribuído o Prémio dos Grandes Mestres da Ficção Científica.
De entre as suas inúmeras obras, para além de "Prelúdio à Fundação", "Fundação" e "Fundação e Império", que constituem os restantes volumes da versão portuguesa da série "Foundation" e que foram já publicados na "Colecção Argonauta Gigante", destacam-se igualmente os romances "As Correntes do Espaço", "Futuro do Mundo", "As Cavernas de Aço", "Ameaça dos Robots", "O Planeta dos Deuses", "Mensagens do Futuro", "O Que Será o Futuro?", "A Nave das Sombras" e "Vozes do Futuro", todos disponíveis na nossa "Colecção Argonauta".

8 - - A Disfunção da Realidade - Emergência



Título da edição original: The Reality Disfunction 
Capa: A. Pedro
Tradução: Elsa T. S. Vieira Copyright: 1997 por Peter F. Hamilton
Edição Livros do Brasil: Junho 2000   

Sinopse:
Peter F. Hamilton nasceu em Rutland, Inglaterra, no ano de 1960, e hoje vive perto de Rutland Water. Começou a sua carreira de escritor em 1987, e vendeu o seu primeiro conto à revista "Fear" no ano seguinte. Daí em diante, tem publicado outras narrativas em revistas como "Interzone", e também em antologias como "In Dreams" e "New Worlds". "A Disfunção da Realidade" viria a ser considerada uma das obras-primas da mais recente ficção-científica. Para além desta obra, Peter F. Hamilton é ainda autor dos romances "Mindstar Rising" (1993), "A Quantum Murder" (1994) e "The Nano Flowers" (1995). "A Disfunção da Realidade" teve já um prolongamento no romance "The Neutronium Alchemist" (1998).

9 - A Disfunção da Realidade - Emergência II


Título da edição original: The Reality Disfunction 
Capa: A. Pedro 
Tradução: Elsa T. S. Vieira 
Copyright: 1997 por Peter F. Hamilton 
Edição Livros do Brasil: Setembro 2000    

Sinopse: 
Peter F. Hamilton nasceu em Rutland, Inglaterra, no ano de 1960, e hoje vive perto de Rutland Water. Começou a sua carreira de escritor em 1987, e vendeu o seu primeiro conto à revista "Fear" no ano seguinte. Daí em diante, tem publicado outras narrativas em revistas como "Interzone", e também em antologias como "In Dreams" e "New Worlds". "A Disfunção da Realidade" viria a ser considerada uma das obras-primas da mais recente ficção-científica. Para além desta obra, Peter F. Hamilton é ainda autor dos romances "Mindstar Rising" (1993), "A Quantum Murder" (1994) e "The Nano Flowers" (1995). "A Disfunção da Realidade" teve já um prolongamento no romance "The Neutronium Alchemist" (1998).

10 - A Disfunção da Realidade - Expansão


Título da edição original: The Reality Disfunction 
Capa: A. Pedro 
Tradução: Elsa T. S. Vieira 
Copyright: 1997 por Peter F. Hamilton 
Edição Livros do Brasil: Janeiro 2001 
 
Sinopse
Peter F. Hamilton nasceu em Rutland, Inglaterra, no ano de 1960, e hoje vive perto de Rutland Water. Começou a sua carreira de escritor em 1987, e vendeu o seu primeiro conto à revista "Fear" no ano seguinte. Daí em diante, tem publicado outras narrativas em revistas como "Interzone", e também em antologias como "In Dreams" e "New Worlds". "A Disfunção da Realidade" viria a ser considerada uma das obras-primas da mais recente ficção-científica. Para além desta obra, Peter F. Hamilton é ainda autor dos romances "Mindstar Rising" (1993), "A Quantum Murder" (1994) e "The Nano Flowers" (1995). "A Disfunção da Realidade" teve já um prolongamento no romance "The Neutronium Alchemist" (1998).